sábado, 5 de fevereiro de 2011


Ainda tinha a esperança que viesses ter comigo e que não me tivesses ignorado. Ali estava eu, sentada diante de todas aquelas pessoas que esperavam o metro chegar, olhei para o relógio e vi que já tinha passado meia hora, estava prestes a desistir e ir embora, até que o meu telemóvel vibrou. Era uma mensagem tua: "Desculpa, não vou poder ir ter contigo." o meu coração batia descompassadamente, senti uma pequena lágrima, escorregando pela minha face rosada, mas depressa limpei-a e decidi que não iria mais chorar mais por ti, simplesmente porque não merecias. De certeza que eu iria arranjar o meu principe encantado, ou simplesmente alguém que não me ignorasse e algumas vezes fizesse conta que eu não existia, e que em vez de me dar razões para chorar, daria razões para sorrir, 24 horas por dia, principalmente que não me trocasse por qualquer outra pessoa, e que soubesse dar valor aos meus sentimentos.
Ás vezes ficava á espera de uma chamada, ou de uma mensagem tua, qualquer coisa que me desse a certeza que te lembravas de mim todos os dias, por vezes passavas por mim e nem me dirigias a palavra, outras vezes parecia que mudavas de opinião, ou que simplesmente querias brincar comigo e com os meus sentimentos.
Então, depois de ter pensado bem que não valia a pena pensar mais em ti, levantei-me e caminhei, com ar decidido. A minha vida iria mudar, apartir daquele momento.
Levantei-me, com o habitual barulho do despertador, o sol batia e fazia com que eu ficasse com mais energia. Lá fora, haviam pequenos pássaros a chilrrear, voavam por toda a parte. Um pequeno sorriso abriu-se nos meus lábios. Desde pequena, gostava de me levantar cedo para apreciar a natureza, todos os problemas desapareciam, por um instante, mas depressa voltavam, cortando-me a respiração.
Peguei nas chaves de casa e fui-me embora, simplesmente não tinha destino, só sabia que ir apanhar ar.
Pedalei e fui dar á praia, o meu refúgio. O sol batia na areia, fazendo-a ficar ainda mais dourada, fazia-me lembrar cada pedacinho do meu coração despedaçado por ti , e o mar calmo e, outras vezes bravo, representava o meu estado de espirito.
Haviam vezes em que me acarinhavas, haviam outras vezes que nem um olhar me lançavas; haviam palavras esquecidas num dia brilhante de sol, palavras perdidas num dia chuvoso; dias em que eu era só tua, dias em que me partilhavas com outras vinte. Foi por isso que eu não queria mais sofrer, num mundo irreal, aquele em que tu não me amavas, aquele em que a única coisa que querias era aproveitares-te de mim. Este pensamento invadiu a minha cabeça, e fez-me pensar que já não valia a pena lutar mais por ti, não valia a pena sofrer por um amor que era impossível.

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