segunda-feira, 24 de janeiro de 2011


São páginas da vida, aquelas que nunca esquecemos, que relembramos a todo o momento. As que evitamos relembrar, as menos boas. Mas são momentos, recordações, são provas de que o passado valeu a pena, de que realmente algo aconteceu.
Mas tudo muda, todos nós temos de virar a página, e de escrever um novo capítulo da nossa vida, afinal acontece a todos, é o ciclo da vida.
Em todos esses capitulos, existem erros, corrigidos ou por corrigir, mas a vida é escrita a caneta e não nos permite corrigi-los. Os segundos, minutos, horas passam tão rápido e velozmente como o vento, que levam tudo. É tão dificil explicar como tudo acontece, por vezes quando não existem razões, quando não existe explicação para o sucedido, temos de tentar entender, tentar descobrir o porquê...
Desde que partiste, vejo o mundo de uma forma diferente, aprendi a valorizar as coisas, a aproveitá-las enquanto duram. Aprendi que nem todos têm tanta sorte quanto eu, aprendi que tenho que ser um pouco mais paciente com as pessoas que se preocupam comigo. Cresci.
São frequentes as vezes em que estás presente nos meus sonhos. consistem no teu regresso, na tua presença, no facto de ainda estares presente, no meu dia-a-dia.
E é por isso que ainda não entendo, porque a cada dia que passa, sinto mais a tua falta.
Obrigada por tudo. Até JÁ.

domingo, 23 de janeiro de 2011


Sinto-me presa, não sei onde estou. Quero sair daqui, tento nadar, mas em todas as direcções que existem, vejo sempre o mesmo. O céu e o mar. Tento aguentar-me, os meus pés continuam a movimentar-se, a minha respiração é ofegante, estou muito cansada. Não vou aguentar. Vou parar de movimentar os meus pés, vou-me deixar levar pela corrente. Vou afogar-me e acabar por me render. É isso.
Páro de movimentar os pés, sinto por uns segundos, uma sensação incrivel de alívio. O meu corpo afunda-se, tudo aquilo que agora vejo é um azul infinito. Os meus olhos ardem de tanto salgado que o mar é. Sinto uma necessidade grande de oxigénio. O meu coração abranda aos poucos. O meu corpo é levado pela corrente. É o fim. Ao menos, não poderei sofrer mais. Vou para um lugar melhor, um lugar muito longe daqui. Talvez nesse lugar, eu possa ser feliz.

Vivemos de memórias, alimentamo-nos delas constantemente, tentamos que elas se possam reviver de novo, pois é a única coisa que nos resta. Toda a nossa presente amizade é interrompida por obstáculos, discussões, zangas e confusões. E, podes crer que um dos maiores erros que cometi foi ter deixado que nos separassem e, agora sim, eu sei o que é a distância. Por mais contacto que tenhamos, nunca será o mesmo que passar contigo todos os dias, partilhar contigo sorrisos, lágrimas , desabafos e tudo aquilo que partilhávamos. Custa muito pensar que um dia, a nossa amizade se vai desmoronar, que cada uma seguirá a sua vida e que deixemos de nos falar. Não pode acontecer.
Desculpa por tudo. Não sabes como é difícil não poder desabafar contigo pessoalmente, pois és a
única pessoa que realmente me consegue compreender, que me atura e que me apoia até ao fim. Que é sincera, que dá a sua opinião e que, por vezes se vai abaixo quando desconfio que a nossa amizade se perdeu no tempo. Porque, por vezes, existe um silêncio que me faz crer nisso. Mas, depois, penso então nas tais memórias que me levam a pensar que a nossa amizade é indestrutível, porque nunca ninguém conseguirá destrui-la.
Obrigada por tudo (um obrigada não chega, devo-te infinitos obrigadas), melhor amiga.

sábado, 22 de janeiro de 2011

Feelings.


Existem vezes, em que erramos, em que só nós fazemos as coisas mal, em que parece que o único falhado, somos nós. Existem vezes, em que queremos fugir, refugiar-nos, para um sítio onde não haja nada, nem ninguém. Só nós, e o vazio.
Mas também existem pessoas que nos fazem sentir bem, que nos fazem rir, mesmo quando a única coisa que nos apetece fazer naquele momento, é chorar.
Existem vezes em que nos refugiamos no impossivel, no irreal, em que não existe noção de nada, em que viajamos em sentimentos profundos, tão profundos, e depois quando queremos voltar para a realidade, estamos presos nos nossos próprios sentimentos.